new moon sleep privation
[portugês em baixo]
I'm tired of thinking.
No.
I'm not accepting anymore the permanent identification with feelings. At least while I'm writing and I have the time to observe my thoughts.
I feel tired.
For two reasons. Poor sleep and too much brain stimulation. Or should I say egoic mind activity?
It all starts with a new idea. Something that popped up, after watching some video or learning something new. I feel excited! And a bunch of more ideas comes after. Then my brain starts like this: Oh this is nice! This could work! What if I try to this in practice? Or add that to my plans?
Before I notice, instead of acting, my mind is already whispering: hmmm maybe I should learn more about this first?
Slowly it shifts to: Maybe I shouldn't go that way. Maybe I'm doing it all wrong. Oh, I'm dreaming too big!
Till that ultimate quote: I'm not capable of doing this. Or anything.
All these thoughts growing together like a snowball in my head, becoming more and more heavy, making me feel like climbing a mountain on an iron suit. They make me feel small, tense, numb, and unbeliever.
Sometimes, my mind cannot take it. The feeling of changing and evolving.
All the ideas and possibilities scare the hell out of my frightening ego. So he freezes on these discouraging patterns trying to shut down my imaginative power, my inner will to create and expand.
I can feel my nervous system entering in fight or flight mode, trying to protect my “safety”, staying in the already known and comfortable old reality. I get nervous, anxious, and restless. My breath becomes superficial and inefficient, I start scratching my fingers and looking for pimples in my face. My spinal becomes more curved, like a little animal hiding from a predator.
That's when I know I need to reset. I need to come back to the present, to my body, to let it know that I'm here and I will be, even changing, even growing. To ask what does my body needs to find balance again. Today I just need a good night of sleep.
The ideas are not bad monsters. They're more like pieces of art in a museum. I don't need to bring them all home. I just need to watch and appreciate them, till I feel inspired enough to act. Or not if the inspiration is not enough. And that is also ok. Not to act for a while.
The only truth is here. And the only truth that is now might not be the same as yesterday.
Today I’m grateful for my body awareness. And I promise I will sleep more than six hours.
A minha mente cansa-me.
Não.
Não aceito mais a identificação permanente com sentimentos. Pelo menos enquanto estou a escrever e tenho tempo para observar os meus pensamentos.
Sinto-me cansada agora.
Por duas razões. Poucas horas de sono e muita atividade cerebral. Ou devo dizer antes, atividade da mente-egóica.
Tudo começa com uma ideia nova que surge. Um pensamento excitante, depois de ver um vídeo ou aprender algo novo. Fico toda animada! Atrás da primeria ideia vêm outras tantas, em cascata. Então o meu cérebro começa: Oh, isto é mesmo bom! Isto pode funcionar! E se eu tentar por esta ideia em prática? Ou adicionar isto aos meus planos?
Antes que eu perceba, antes de qualquer acção, a minha mente (a mesma que ficou excitada minutos atrás) acrescenta: Hmmm, talvez eu deva aprender mais sobre esta coisa primeiro…
Lentamente, vai mudando para um discurso sussurrante: Talvez eu não deva seguir este caminho. Talvez afinal eu esteja a fazer tudo errado. Oh, lá estás tu outra vez a sonhar alto!
Até à frase derradeira:
Não sou capaz de fazer isto. Não sou capaz de fazer nada. Lol
Todos estes pensamentos crescem cá dentro, como uma bola de neve, cada vez mais pesada, a fazer-me sentir como que a escalar uma montanha, vestida com uma armadura de ferro. Fazem-me sentir pequena, tensa, entorpecida e descrente.
Às vezes, a minha mente não aguenta. A sensação de tranformação e crescimento.
Todas as ideias e novas possibilidades assustam o meu pequeno ego. Então começa a desencantar do baú os padrões desencorajadores, tenta desesperadamente desligar a minha imaginação, a minha pulsão interior de criar e expandir.
Posso sentir o meu sistema nervoso a ativar o modo “luta ou fuga”, na tentativa de me manter “segura” na tão conhecida e confortável velha realidade. Fico nervosa, ansiosa e inquieta. A respiração mais superficial e ineficiente, começo a coçar os dedos e a procurar borbulhas no rosto. A coluna fica mais curva, como um pequeno animal que se esconde do predador.
É quando eu sei que preciso fazer um reset. Preciso de voltar ao presente, ao meu corpo, fazê-lo saber que estou aqui e estarei, mesmo com as transformações, mesmo evoluindo. Pergunto ao meu corpo o que precisa para encontrar equilíbrio novamente. Hoje só precisa de uma boa noite de sono.
As ideias não são monstros maus. São mais como peças de arte num museu. Não preciso de trazer todas para casa. Só preciso de observá-las e apreciá-las, até me sentir inspirada o suficiente para agir. Ou não, se a inspiração não vier. Às vezes não vem e está tudo bem. Ficar quetinha.
A única verdade está aqui. E a única verdade que é agora, não é a mesma de ontem.
Hoje sou grata pela consciência do meu corpo. E prometo que vou dormir mais de seis horas.